Guilherme Berenguer e Juliana Didone se reencontram em cena após 20 anos em A Vida de Jó
Dupla estreia na segunda fase da minissérie na tela da RECORD
Entrevista|Ana Mello, do R7

Ver Guilherme Berenguer e Juliana Didone como um par romântico na televisão é como voltar no tempo, mais precisamente 20 anos, quando eles contracenaram juntos pela última vez. Em breve, a dupla volta à cena na tela da RECORD, como o casal Jó e Raquel na segunda fase da minissérie A Vida de Jó.
Para viver o protagonista, Guilherme Berenguer se mudou dos Estados Unidos para o Brasil, depois de mais de dez anos no país estrangeiro, onde trabalha como empreendedor e investe na área de imóveis, tecnologia e produção audiovisual. O ator desembarcou para um período no Rio de Janeiro ao lado da esposa, Bianca Cardoso, e os filhos, Sebastian e Rebecca.
Fora da emissora desde a atuação em Topíssima (2019), Juliana Didone reencontrou o amigo depois de se tornar mãe da pequena Liz, atualmente com 7 anos. Apesar do período longe das câmeras, a sintonia entre os artistas parece ter resistido ao tempo e à distância.
Em meio às gravações de A Vida de Jó, Juliana e Guilherme participaram de um bate-papo com o R7, durante um ensaio fotográfico exclusivo. Eles falaram sobre a amizade nos bastidores, revelaram a importância do projeto em suas carreiras, refletiram sobre a mensagem da série e mostraram o porquê fazem tanto sucesso ao compartilharem o set.
Confira a entrevista na íntegra:
R7 - Jó marca o seu retorno à RECORD e ao Brasil. Seu último trabalho na emissora foi há 11 anos em Milagres de Jesus (2014). Como foi receber esse convite?
Guilherme Berenguer - Eu recebi uma mensagem do departamento de elenco da RECORD e a Cristiane [Cardoso] perguntou ‘onde está o Guilherme?’. Quando soube que o personagem era o Jó, com a relevância que ele tem nas escrituras, foi um presente, já me vi fazendo. Foi bem no momento da minha vida que eu me abri, percebi que estava com saudade [de atuar], mas não queria fazer qualquer personagem nem contar qualquer história. Ajustei a logística com a família, com os meus filhos e a minha esposa. Estava com saudade do público brasileiro, de estar no set, de colocar a minha arte em prática e esse personagem me desafiou em um nível que eu não estava esperando. O convite foi direto e a minha resposta também. É um personagem que eu tenho uma identificação e queria me desafiar.
R7 - Como é estar de volta ao seu país de origem, foi fácil viver essa readaptação com a família?
Guilherme - É maravilhoso. O país tem muito potencial. Estava com saudade de estar em contato com a minha cultura, de voltar a trabalhar e falar com o meu público. Quando eu recebi o convite para fazer o personagem, sabia que era para ser. Prontamente respondi ‘eu quero, tenho interesse’. Estou bem feliz. A readaptação levou um pouquinho mais de tempo do que esperávamos, mas somos brasileiros, a nossa cultura é muito gostosa, então foi tranquilo e está sendo muito bacana.

R7 - A Raquel também representa a sua volta à RECORD, depois de seis anos desde que viveu Yasmin em Topíssima. Como é retornar contracenando com o Guilherme?
Juliana Didone - É um presente. Fui muito feliz em todos os projetos que eu fiz aqui. Saí logo depois de ter a minha filha, me debrucei na maternidade e estava esperando ter um projeto que me despertasse o desejo de voltar [à RECORD], com um significado maior. Fez todo o sentido ser com o Gui, depois de 20 anos, para contar essa história de Jó que é linda, sofrida, mas que desperta valores de resiliência, fé, luta e força.
Não queria fazer qualquer personagem nem contar qualquer história
R7 – O que tornou esse projeto especial para você voltar à dramaturgia da RECORD?
Juliana - Vários pontos fazem esse projeto ser especial para mim, mas vou destacar dois deles. O primeiro é o reencontro com o meu amigo e parceiro, para selar a nossa amizade e troca cênica. O segundo é a personagem. A Raquel é muito humana, cheia de camadas, vulnerável, insegura e forte ao mesmo tempo. É amorosa, mas também é ríspida. Fiquei completamente apaixonada por ela a cada leitura de capítulo e grata por ter sido escolhida. Mas eu acredito que a personagem também escolhe a gente. É um privilégio e um presente viver a Raquel.
R7 – Inclusive, qual foi a reação de vocês ao descobrirem que trabalhariam juntos novamente?
Guilherme - Fiquei super feliz quando soube que era a Ju, foi como se a gente não tivesse deixado de contracenar e tivesse um crédito no tempo. O público também está curtindo, a gente acompanha nas nossas redes sociais e eu tinha esse desejo de retribuir o carinho deles. Fiquei bem satisfeito e estamos curtindo cada emoção de Jó e Raquel.
Juliana - Eu amei! Ainda estava em teste, mas quando soube que o Jó era o Gui, tive certeza de que era a vez desse reencontro. A gente ficou muito feliz com essa chance de voltar [a contracenar] com outras camadas, adultos, não mais em início de carreira. É um outro momento, mas ainda somos os mesmos.

R7 – Assim como a relação de Jó e Raquel, a parceria profissional de vocês é um reflexo das personalidades de cada um. Como o Guilherme contribui para a Juliana em cena e vice-versa?
Guilherme - É interessante, a gente percebe quando um precisa do outro. Estava sem atuar há algum tempo e tiveram vários momentos que a Ju apontou algumas possibilidades, alguns exercícios para eu dar uma acelerada, intensificar [os estudos]. Se fosse um outro personagem, que não exigisse um trabalho com tanta carga dramática, talvez não precisasse. Mas acatei e fiz os exercícios para estar mais inteiro no set. A gente se complementa.
Juliana - Somos diferentes em personalidade, embora tenhamos muitas semelhanças, principalmente de essência. Temos esse amor e cuidado um pelo outro, do tipo ‘eu te puxo quando você tiver caído e você me puxa quando eu tiver’, temos esse elo entre a gente.

R7 – Jó e Raquel vão passar por tudo, do romance às provações. O que o público vai aprender com a relação do casal?
Guilherme – Gostaria de destacar dois pilares importantes que eu aprendi ao longo da nossa jornada vivendo os personagens que é a confiança em Deus e o amor. Se você tem isso, você passa por qualquer dificuldade.
Juliana – Gosto muito de um um ensinamento de Jó que eu levo para a minha vida: ‘Que eu seja reconhecido por quem eu sou, não pelo que eu tenho’. Eu acho isso lindo. Porque em tempos onde estamos sempre mostrando o que temos, parece que é mais importante ter coisas novas do que alimentar a sua bondade, o seu amor, a sua escuta com o outro. Não é preciso ter para ser amado, então esse vai ser um ensinamento bonito da história.
A gente ficou muito feliz com essa chance de voltar [a contracenar] com outras camadas, adultos, não mais em início de carreira. É um outro momento, mas ainda somos os mesmos
R7 – Vocês têm alguma semelhança com Jó e Raquel?
Guilherme – Às vezes eu me pego querendo que os outros vejam o mundo como eu vejo, mas cada um tem uma leitura única, embora eu deseje o melhor para o meu próximo. E isso de Jó querer entender os porquês, eu também tenho essa característica. Ao mesmo tempo, tem um momento que você tem que confiar e eu venho aprendendo isso com ele, entender que eu não tenho que saber tudo, foge ao meu controle completamente.
Juliana – Raquel é forte e ao mesmo tempo vulnerável, e eu vejo essa balança em desequilíbrio em mim também, porque posso ser super doce e ser super fria em situações diferentes. A Raquel é extremamente amorosa com os filhos, me vejo assim com a minha filha. É uma mulher questionadora, quer entender as situações, precisa de respostas e eu, Juliana, também. Não consigo não entender alguma coisa e não te perguntar, e posso mudar de ideia, assim como a Raquel.
Estava com saudade de estar em contato com a minha cultura, de voltar a trabalhar e falar com o meu público
R7 – Em A Vida de Jó, vocês têm contato e contracenam com um elenco jovem, que está começando na dramaturgia. Como foi essa troca com o Enzo Krieger e a Mah Duarte, que vivem Jó e Raquel na primeira fase?
Guilherme - Está sendo um encontro fantástico poder ver jovens talentosos, comprometidos. E eu me refiro a eles ea equipe toda, todo mundo está muito integrado, muito a fim de fazer e isso conta muito. Enzo e Mah vão brilhar lindamente, vamos assistir aos dez primeiros capítulos aplaudindo eles na primeira fileira e ansiosos para nos vermos a partir do capítulo dez.
Juliana– Fizemos uma preparação com eles e foi incrível, foi uma troca muito especial. Nos identificamos em vários lugares, de personalidade... eu me vejo na Mah aos 19 anos, consigo ver a Juliana de 20 anos atrás. E eles são admiráveis, vieram com muito empenho, vontade de fazer, super responsáveis, dedicados. Foi lindo e acho que vai ser uma passagem de fase bem natural, as pessoas vão curtir.

R7 – Vocês também reencontraram amigos em cena, como a Camila Rodrigues, com quem já tinham trabalhado em outros projetos. Como foi contracenar com ela e todo esse elenco?
Guilherme – Ela é linda, talentosa, comprometida, parceira, completamente generosa. É um reencontro e tem um crédito desse tempo também. Ver a Cami mãe, com o filho dela, é muito legal. Ver as pessoas progredindo dá uma felicidade no coração. Sem contar os outros parceiros em cena, o Renato Rabelo, Robson Santos, Maurício Ribeiro, os amigos de Jó, o Marcelinho Filho, um querido, o Bruno Kott. teria que pegar a lista da galera com quem contracenamos e falar de todo mundo.
Juliana – Eu adoro a Cami, é uma atriz entregue e uma pessoa muito generosa. É muito legal e ao mesmo tempo difícil criar essa rivalidade em cena. Mas no set e na vida é leve, é bom de estar perto dela. Eu amo esse trio com Jó, Raquel e Sera. Tivemos muitos bons novos encontros também, a Júlia Svacinna, que é uma atriz jovem que faz a nossa filha e é excelente, querida, aberta. Marina Elias, que faz a Diná foi um encontro muito legal de ter, ela é admirável. É um elenco muito unido, empenhado.
Foram 20 anos para ter esse reencontro, então eu tenho acreditado muito que eram Jó e Raquel que deveríamos fazer
R7 – Vocês já têm história aqui na RECORD e em A Vida de Jó tiveram algumas cenas emocionantes, que vão impactar o público. Sem spoilers, o que mais marcou vocês nessa produção? O que teve de diferente de outros projetos?
Juliana – Para mim, a história foi o que mais me marcou, porque é muito bonita, de transformação. Em termos de produção, tem um requinte e um valor de produção a cada novo projeto. Eu estava há 6 anos sem atuar aqui, então você vê como eles arrasam na caracterização, com um figurino maravilhoso, na arte, com aquele quarto e a casa de Raquel. Assim como a personagem, eu gosto muito de decoração, então fico olhando as almofadas e pensando o que queria reproduzir na minha casa [risos].
Guilherme – Eu concordo com a Ju de que a história é o que nos atrai. Muitas vezes, a gente tem uma sequência de cenas com uma ou duas palavras, mas tem tanta riqueza de ação, de emoção, de atitude. Os tempos, as percepções, o silêncio que fala.
Jó me ensinou o quanto eu preciso ser um pai, marido e um profissional melhor
R7 – Vocês estão prestes a estrear na segunda fase de A Vida de Jó na RECORD, como está a expectativa para ver o resultado desse trabalho na televisão?
Guilherme - Estou animado para ver e compartilhar com um monte de gente, com outros profissionais e colegas de trabalho nos Estados Unidos, para mostrar que no Brasil fazemos coisas muito boas, temos artistas maravilhosos, profissionais talentosíssimos.
Juliana – Estamos com todas as expectativas, muito feliz em poder contar essa história, não é só um reencontro e essa é a beleza do projeto. Foram 20 anos para ter esse reencontro, então eu tenho acreditado muito que eram Jó e Raquel que deveríamos fazer. A gente podia ter feito outro trabalho, podia estar com outra parceira. Tudo se encaixou e eu tenho muita convicção de que era pra ser e com esses personagens.
Raquel é forte e ao mesmo tempo vulnerável, e eu vejo essa balança em desequilíbrio em mim também, porque posso ser super doce e ser super fria em situações diferentes
R7 – Qual vai ser a mensagem que A Vida de Jó vai passar para o público?
Guilherme – Uma mensagem de buscar ajudar o próximo. Jó e Raquel são muito comprometidos com o próximo, a injustiça das pessoas mexe com Jó. Às vezes, a gente vê alguém no sinal de trânsito que está precisando de uma palavra, de um abraço, de uma comida. Essa sensibilidade vai tocar o coração da população brasileira, de saber que a gente pode continuar ajudando o próximo.
Juliana – E uma mensagem de amor. De que o amor realmente atravessa qualquer coisa. Quando você está com o outro pelo sentimento genuíno e não pelos bens, você pode enfrentar perdas e momentos difíceis, assim como fazem Jó e Raquel.

R7 – A Vida de Jó foi mais uma produção que vocês participaram com a direção do Alexandre Avancini. Ele dirigiu o Guilherme em Vidas em Jogo (2011) e também liderou a Juliana em Os Dez Mandamentos (2015). Com o fim das gravações, qual o balanço vocês fazem de mais um projeto juntos?
Guilherme – Foi uma transformação pessoal. Eu me deixei afetar o tempo todo pelo processo artístico, pelos dias de gravação e pela história. Jó me ensinou o quanto eu preciso ser um pai, marido e um profissional melhor. O reencontro com o Avancini foi muito especial, porque ele é um diretor extremamente sofisticado, culto, tem essa delicadeza e gosta da fotografia de cinema.
Juliana – O saldo foi muito positivo, a gente esteve nessa imersão há quase 5 meses e sinto que tudo fluiu. Foi tão bonito de ver não só a nossa dedicação, mas a dedicação da direção, da equipe inteira, do áudio, da luz, todo mundo querendo entregar tudo, porque ninguém faz nada sozinho, foi um trabalho de equipe.
R7 – Para finalizar, qual palavra melhor define essa parceria?
Guilherme – Entrega.
Juliana – Sintonia.
A Vida de Jó vai ao ar de segunda a sexta, às 21h, na tela da RECORD. Acesse o RecordPlus para rever os episódios.
Conheça os personagens de A Vida de Jó:
Na minissérie A Vida de Jó, o público da RECORD acompanha a jornada de fé e superação do protagonista interpretado por Enzo Krieger e Guilherme Berenguer. Conheça todos os personagens da superprodução!
Divulgação/Seriella Productions






























